Costumava ficar surpreendida, mas já não fico. Mas é muito triste ver "abalar" aqueles que gostamos, que amamos, que nos fazem companhia, que deixam uma vida de amigos e família para trás porque no seu país não têm a oportunidade de ser alguém, de ser feliz, a fazer o que gostam, com umas condições dignas.
É desesperante...
E eu apoio-os, porque os compreendo. Aqui não estamos a viver, estamos a sobreviver.
Não estamos a ser felizes, estamos remediados, habituados, iludidos pelo clima e pouco mais.
Penso muitas vezes nisso. A única coisa que ainda me faz estar por aqui é a minha família, que valorizo acima de qualquer outra coisa. Os amigos sei que, aos poucos, vão indo também, e com sorte vamos juntos. E, com as facilidades a nível de transportes, estamos todos relativamente perto.
Afinal, há muito que deixamos de pertencer a um sítio só, somos do mundo.
Só tenho pena que algumas "coisas" não caibam dentro da mala.
Alguém emigrou? Pensa em emigrar? Alguém com uma história para contar?
Gostava de ouvir, de saber a vossa opinião.
É um assunto que me vem à memória, até já de forma inconsciente, mas há sempre mil e uma reticências...