1 de agosto de 2012

O que estou a ler #1

Estou a ler o novo livro do Pedro Boucherie Mendes e estou a adorar! Por acaso, não era pessoa que me inspirasse ou com quem simpatizasse muito. Daquilo que conhecia dele (o pouco que vimos na TV, das edições anteriores do Ídolos) não me causou boa impressão mas acho que foi exactamente isso que me levou a comprar o livro e a verdade é que estou a gostar imenso da sua escrita. É uma leitura fácil e descontraída, óptima para aqueles dias de praia. É divertido e leve, lê-se facilmente em qualquer lugar e tem-me proporcionado grandes momentos de gargalhadas solitárias, daquelas que me rio sozinha e mais ninguém sabe porquê, ao ponto de ser vítima de olhares tipo esta-é-uma-maluquinha-acabada-de-fugir-do-manicómio.



Deixo-vos alguns excertos:

"É estranho poder identificar o momento em que tudo se altera, porque ficamos com a impressão de que é possível lá voltar e fazer as coisas de forma diferente. Mas não é."

"Julgar que num feriado com trinta graus a praia vai estar vazia é perder tempo. As pessoas são muito mais iguais umas às outras do que julgam..."

"Tenho a impressão de que a tristeza se esconde melhor nos cinzentos."

"Não se nasce bom. Não se nasce com sorte ou azar. Nasce-se para ser testado todos os dias, a toda a hora. E viver é pouco mais do que isso: aproveitar ou não as ocasiões."

"...há uma altura em que somos todos forçados a tomar uma decisão. Muitas vezes nem reparamos que esse momento se coloca à nossa frente, mas que está lá, está. A decisão é clara: queremos continuar a culpar os outros e os acontecimentos por tudo aquilo que somos ou perceber que a solução começa e acaba em nós."

"Quando somos crianças é tudo linear. Os nossos objectivos estão traçados. Passar de ano na escola. Fazer amigos. Ir dormir a casa das amigas. Aprender uma língua, um desporto. Sermos mimados. Viajar, viajar muito. Escolher um curso e acabá-lo. Encontrar uma profissão que nos realize e arranjar alguém com quem construir a vida. Casar. Filhos. Mas e depois?"

"Pouco tempo depois de casar cheguei à conclusão de que nunca reflecti sobre o assunto e duvido que haja quem pense nisso a fundo. É uma decisão tão transformadora, que as pessoas deveriam ser obrigadas a fazer um exame..."

"As mulheres portuguesas acham que vivem nos trópicos, porque estão sempre de alças e sandálias, ou com vontade de estar, e a queixarem-se de que têm frio. Só que não têm cuidado nenhum com os braços. Os braços da mulher portuguesa são quase sempre grotescos, porque são gorduchos e mal definidos: elas não lhes atribuem a importância que deviam." (é capaz de ter razão!)

"Se pudesse escolher, queria mesmo ser o primeiro a inventar uma solução fácil, barata e universal para um pequeno grande problema qualquer, como perceber pelo olhar se os melões estão maduros ou impedir que os peixes-aranha se instalem à beira-mar."

O que acharam?




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